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Como a exclusão de mulheres em pesquisas médicas ainda impacta a saúde feminina

A desigualdade de gênero está enraizada em sociedades do mundo inteiro ao longo de toda a história da humanidade. Na medicina não é diferente. Apesar dos esforços de ativistas para melhorar a participação de mulheres nas pesquisas médicas, elas ainda são sub-representadas nos estudos sobre saúde. Entre os diversos impactos dessa exclusão está a menor quantidade de tratamentos disponíveis para doenças específicas do sexo feminino.

 

Até 1993, pesquisas clínicas com novos medicamentos não precisavam contar com a participação de mulheres nos testes. Somente naquele ano foi quando o Congresso dos EUA redigiu a política de inclusão dos Institutos Nacionais de Saúde na lei federal, exigindo que pesquisas clínicas incluíssem mulheres e minorias. Mesmo assim, ainda hoje, elas ainda são deixadas de fora de muitos estudos médicos e farmacêuticos.

 

Segundo explica o médico endocrinologista Flavio Cadegiani, doutor em endocrinologia clínica pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a diferença de gênero na pesquisa médica resulta em desvantagens concretas para pacientes mulheres. “A gente acha que, na fisiologia do corpo da mulher, tudo aquilo que não é exclusivamente feminino é uma cópia do homem, o que é longe de ser verdade. E os resultados disso são negativos”, diz.

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